segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

RIO SARDOURA SEM ESGOTOS - CONCLUSÕES

CONCLUSÕES PROVISÓRIAS DA REUNIÃO COM PROPRIETÁRIOS CONFRONTANTES COM O RIO SARDOURA

Como foi do conhecimento público, no passado dia 03 de Novembro, por iniciativa do designado movimento “Rio Sardoura Sem Esgotos”, foi realizada uma reunião para a qual foram convidados proprietários confrontantes com o Rio Sardoura (na sua metade a jusante), em Castelo de Paiva, por causa de “notícias e rumores sobre intenções e projectos de onerar propriedades das margens do Rio Sardoura com servidões de passagem do saneamento de esgotos” provindos de várias freguesias.
Foi interessante e animada a troca de informações e argumentos em defesa das opiniões expressas, de que resultam as seguintes idéias força ou conclusões:
  1. desagrado manifesto por terem sido invadidas propriedades sem prévio conhecimento e autorização dos donos;
  2. oposição a que tal se volte a repetir, devendo dar-se aviso disso às entidades responsáveis;
  3. apreensão pelos danos e riscos potenciados por eventuais escavações, movimentação de máquinas, realização de obras, colocação de condutas, desastres ambientais com rupturas e consequente poluição;
  4. possível desconhecimento pelas entidades responsáveis da frequência e violência destruidora das cheias no Rio Sardoura, bem como do seu traçado sinuoso, por vezes entre escarpas rochosas e desfiladeiros e do seu leito com muitos açudes e numerosas valas de rega de férteis áreas de cultivo;
  5. incompreensão e frontal rejeição de eventuais percursos pedonais e/ou de cicloturismo ao longo do Rio;
  6. constatação do facto de não haver agregados populacionais nas margens do Rio Sardoura, pelo menos até ao lugar da Lama, já próximo da foz, havendo muitos quilómetros “despovoados” e, por outro lado, o facto de que os casais agrícolas, isolados nas quintas ribeirinhas, não colocam problemas de saneamento;
  7. entendimento de que a passagem dos esgotos pelo Rio deveria ser sempre a última solução, privilegiando-se antes os espaços do domínio púbico constituídos por ruas, caminhos e estradas;
  8. a ideia de que poderia fazer sentido equacionar a localização de ETARs (ainda que de menor dimensão) em função do drama da seca cada vez mais eminente, por forma a possibilitar o reaproveitamento de águas tratadas a montante das propriedades, que desde tempos imemoriais se alimentaram da água do Rio, que sempre foi tido como um grande canal de rega e lima, o que também contribuiria para alimentar fontes e nascentes;
  9. a pretensão de que sejam ponderadas alternativas ao que se tem anunciado;
  10. o desconhecimento do que se está verdadeiramente a planear…

Foi designada uma comissão de personalidades [1] para, junto das entidades responsáveis, dar conhecimento de viva voz do abordado na reunião, para apresentar as preocupações e pretensões manifestadas e para obter esclarecimentos.
[1] A Comissão tem a seguinte composição: Eng. Manuel Eduardo Amorim Ribeiro Neto; Arquitecto Manuel Carlos Huet Furtado de Mendonça; Manuel Joaquim Almeida; Adv. Gouveia Coelho; Presid. da Câmara Municipal de Castelo de Paiva - Dr. Paulo Ramalheira Teixeira; e, como convidados, um representante da Cooperativa Agrícola, da ADEP e da Associação de Defesa do Rio Sardoura.
NB: Estas conclusões são ainda provisórias e estão ao dispor e apreciação dos que participaram na reunião, aos quais se pede e espera que se pronunciem e dêm o seu contributo para as conclusões definitivas.
Gouveia Coelho
Manuel Francisco
Sandra Cristina
Manuel Almeida

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